quinta-feira, outubro 30, 2014
Mostruário de Títulos para Poemas
Nº 94
para poemas simples
;conviver com a solidão gasta os joelhos a rezar;
Nota:
não convém comer com garfo de aço
quando um poeta escreve, Só, para a solidão
afectos Ruidosos ficam presos em dentes subterrâneos
olhos abstractos podem cavalgar em hinos das Encruzilhadas
esta - poesia Degolada - pela mão escrevente
Adversa ao rumor das rimas
não subirá de tom
não abrirá a boca ao reluzente desaforo
prescrevendo as palavras na mão Esquerda do poeta
espera-se que daí se parta à espera dum amor sem luto
anota-se! - que o poeta alcance a maturidade
com versos próximos da sua voz Desinundada
segunda-feira, outubro 20, 2014
Anos 10
Quadro 13
Painel/instalação
Um homem na paisagem
Tela,madeira e pintura a óleo
33x27
33x27
Quadro 12
Painel/instalação
Um homem na paisagem
Tela,madeira e pintura a óleo
33x27
33x27
Quadro 11
Painel/instalação
Um homem na paisagem
Tela,madeira e pintura a óleo
33x27
33x27
terça-feira, outubro 14, 2014
Mostruário de Títulos para Poemas
Nº 93
para poemas simples
;iluminemos o horizonte com o brilho dos cadáveres;
Nota:
poema sem verniz nas consoantes
poema para consolar os amantes da perdição;
digamos que é um poema desconsolado
sem interior metafisico
e que por isso se poderá comprar nos supermercados
a preços já bolorentos
mas não é um poema
com cadáveres flutuantes
ou rusgas fictícias
o poema pode ter brilho
porém,
jamais licitações sobre a amargura
de amantes
na verdade,
será.
quinta-feira, outubro 09, 2014
terça-feira, outubro 07, 2014
Mostruário de Títulos para Poemas
Nº 92
para poemas simples
;beijocas!... é o melhor para dar devaia ao amor;
Nota:
é um poema sem ódio
nivelado pelo cheiro a alfazema
sem ondas que lancem para o interior dos amantes
sentimentos encortiçados
beijocas nos joelhos
beijocas nos umbigos
aqui e ali
beijocas sem atritos devastadores,
nem mesmo pequenos socalcos
nas lágrimas
o poeta deve ouvir, atento,
com os ouvidos das válvulas
do coração
os ruídos do verbo amar:
eu amo mesmo com nevoeiro
tu amas mesmo com nevoiero
ele ama mesmo com nevoeiro; ruído de cabelos despenteadamente em leque
nós amamos com olhos de gato
vós amais com olhos de gato
eles amam com olhos de gato preto; ruído de rubras papoilas no quarto
sábado, outubro 04, 2014
Mostruário de Títulos para Poemas
Nº 91
para poemas complexos
; só a infância do eu regressa despida ao berço;
Nota:
será escrita poética para todos os que
dos novelos sentimentais não haja memória
a nostalgia obrigará o poeta a olhar-se de frente
comove-se naturalmente pela escassez das lembranças
e procura nas vitrinas do acaso soluções
é um poeta transfigurado
envolto nos mistérios dos poentes sobrepostos
atingirá a plena maturidade
através duma escrita em ascensão para o centro
não esquecerá que do eu
resta sempre um circulo indelével
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