um poema para cada dia do ano
sábado, fevereiro 28, 2009
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Carnaval nos Gorjoes
Carnaval por aqui...
Vem sendo costume desde há já alguns anos realizar-se no sitio, por aqui nos Gorjões, um desfile de Carnaval sem pretensões turísticas.Este ano cumpriu-se mais uma vez a tradição.Os foliões deram largas à sua desarrumação física e mental com grande alarido de forma a expurgar os azedos acumulados ao longo do ano. Com filmagens de Domingos Silvadomingo, fevereiro 22, 2009
Lançamento
Lançamento dos livros de Fernando Esteves Pinto Privado, e de Antonio Martínez Ferrer Efeitos Secundários em Lisboa na livraria Trama a 7 de Fevereiro de 2009. Apresentação feita por José Bivar e Vitor Vicente.
sábado, fevereiro 21, 2009
Comentários
Como já li algures, quando as nórdicos, Noruega especialmente, aplica os rendimentos do petróleo em bem estar social, estamos perante uma boa governação, dizem e aclamam os demo,ocratas daqui, extasiados e algo invejosos dos altos níveis sociais desses países, uma democracia que redistribui concluem reverenciados; mas se algum governante tenta (depois de décadas e décadas de redistribuição do rendimento que pertence a todo o povo, o petróleo, não ter operado qualquer mudança significativa na justiça social) uma outra estratégia, logo vêm os ditos, e até muita esquerda, apelidá-los de demagogos e populistas. Os altos intelectuais parece que estão mais interessados nas prerrogativas democratas pouco transparentes (obtusas) e que se vêm revelando dramáticas para milhões de seres humanos do que em tentar perceber o que poderá haver de novo numa situação histórica concreta.
Para estes, a história chegou ao fim;temos as liberdades, ainda que em abstracto, (mas já dizia o juiz inglês, uma pessoa com fome não é livre!), o parlamento, ainda que cada vez menos representativo de alguma coisa, (participação social na política, nícles batatoides, como se diz por aqui), chegados ao fim da história, estão prontos para dar lições ao mundo inteiro; é “corrupto” é “ditador” é “demagogo” é “potencialmente um tirano, tentam adivinhar outros”, e ignomínia das ignomínias, cerceia as liberdades, apesar de observadores terem dito ao contrário.
A realidade é já uma desconstrução a histórica, um fetiche engravatado que se rodeia de buracos negros onde são engolidos em lixos tóxicos a mais valia criada pelo trabalho, e só por ele, na transformação do mundo para nosso serviço.
É sempre preciso criar “mais riqueza”, dizem os obtusos da economia acelerada;- mais riqueza, mais riqueza, mais riqueza, mais riqueza… pouca terra, pouca terra, pouca terra… digo eu.
Para estes, a história chegou ao fim;temos as liberdades, ainda que em abstracto, (mas já dizia o juiz inglês, uma pessoa com fome não é livre!), o parlamento, ainda que cada vez menos representativo de alguma coisa, (participação social na política, nícles batatoides, como se diz por aqui), chegados ao fim da história, estão prontos para dar lições ao mundo inteiro; é “corrupto” é “ditador” é “demagogo” é “potencialmente um tirano, tentam adivinhar outros”, e ignomínia das ignomínias, cerceia as liberdades, apesar de observadores terem dito ao contrário.
A realidade é já uma desconstrução a histórica, um fetiche engravatado que se rodeia de buracos negros onde são engolidos em lixos tóxicos a mais valia criada pelo trabalho, e só por ele, na transformação do mundo para nosso serviço.
É sempre preciso criar “mais riqueza”, dizem os obtusos da economia acelerada;- mais riqueza, mais riqueza, mais riqueza, mais riqueza… pouca terra, pouca terra, pouca terra… digo eu.
-fiquei pensando, depois desse comentário que fiz que há em certos extractos da sociedade portuguesa uma inveja dupla e de dupla natureza, inveja-se a distribuição do rendimento na Noruega por todos e depois inveja-se que a distribuição do rendimento na Venezuela não seja para proveito somente de alguns.
Essa atitude rememorou-me,-” só conheço gente que nunca mentiu… só eu, tantas vezes falso, tantas vezes vil…cito de memória o poeta, só o sentido aqui deixo.
Hoje li mais um bocadinho do livro D.da A P. encontrei lá isto:” o rosto da globalização é a industrialização do pensamento e não a sua emancipação”
(comentário publicado no 5dias)Essa atitude rememorou-me,-” só conheço gente que nunca mentiu… só eu, tantas vezes falso, tantas vezes vil…cito de memória o poeta, só o sentido aqui deixo.
Hoje li mais um bocadinho do livro D.da A P. encontrei lá isto:” o rosto da globalização é a industrialização do pensamento e não a sua emancipação”
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Carnaval de Loulé 1974
Havia qualquer coisa no ar, sentia-se, sentíamos que a sombra já não podia voltar a ser sombra negra, talvez um sopro de audácia bastasse para levantar a cara em direcção a uma lufada de ar fresco; foi nesta disposição de animo que um grupo de ainda moços, tomou em mãos fazer o Carnaval daquele ano, aquele e o único.
Loulé e Faro uniam-se por essa época, numa esperança animada de actividade colectiva; em Loulé, a rapaziada tinha tomado a Direcção duma Associação Recreativa, e, em Faro já de azáfama em azáfama, enchíamos Cineclube, Círculo Cultural do Algarve e por tertúlias de cafés, Atlântico, Gardy, Aliança; também em casas particulares se tertuleava, ouvia-se Zéca Afonso etc..
Os que carregavam desesperos de lutas antigas, alguns já tinham estado presos, juntavam-se aos mais novos dando ao conjunto um murmúrio opinativo que sorrateiramente se transformava em acção política.
Caberia aqui interrogar-mo-nos, em que ordem cabe à cultura entrar no quotidiano? ou, se no quotidiano a vida que cada um leva, faz ou constrói para si, não se revivifica somente quando se impregna de algo a que chamamos cultura.
Regressando ao filme do Carnaval de 1974; o meu primo Valter em nome da direcção acordou com a Santa Casa da Misericórdia de Loulé para quem contribuíam os proventos e por isso responsável na época pela realização do Carnaval, mas que tinha desistido de o fazer, a organização e realização do Carnaval desse ano de 1974, através da Sociedade Recreativa( cujo nome correcto não me lembro).
Em contactos assíduos que o grupo de activistas de Loulé mantinha com os de Faro, foi o Valter que acercando-se de mim e do Zé Maria Oliveira convidou-nos a desenhar os carros alegóricos, e logo de imediato decidimos que deviam ter uma carga politica, ainda que escondida. De outra maneira não havia hipótese.
Na tertúlia de café o Zé Maria e eu, a uma mesa sentados na Gardy, pegamos em guardanapos de papel e aí esboçamos em desenhos uma série de ideias de critica de costumes e de denúncia.
Carros alegóricos como: a Casa algarvia "para vender", a telenovela radiofónica " Simplesmente Maria", a "Miss Beleza", o "Bacalhau" que não aparece nas imagens, a "Cegonha" agoniando com o fumo das chaminés, as "Pombas da Paz na Balança da Justiça", o "Corredor de bicicleta esfalfado" e o "Burro" que se esgota no trabalho com a matrícula MC.069 ( Marcelo Caetano, e liberdade na sexualidade) representam a possível intervenção critica. Esboçamos o cartaz e alguns dias depois entregamos ao Valter os guardanapos com os desenhos que juntamente com a equipa de Loulé deu de imediato início à construção, porque o tempo já não abundava.
O calculo da despesa foi de "mil contos", o que para a época era uma enormidade, mas o Valter nunca dasanimava; o Baile do Celeiro iria cobrir e fazer que desse lucro.
E assim foi.
Loulé e Faro uniam-se por essa época, numa esperança animada de actividade colectiva; em Loulé, a rapaziada tinha tomado a Direcção duma Associação Recreativa, e, em Faro já de azáfama em azáfama, enchíamos Cineclube, Círculo Cultural do Algarve e por tertúlias de cafés, Atlântico, Gardy, Aliança; também em casas particulares se tertuleava, ouvia-se Zéca Afonso etc..
Os que carregavam desesperos de lutas antigas, alguns já tinham estado presos, juntavam-se aos mais novos dando ao conjunto um murmúrio opinativo que sorrateiramente se transformava em acção política.
Caberia aqui interrogar-mo-nos, em que ordem cabe à cultura entrar no quotidiano? ou, se no quotidiano a vida que cada um leva, faz ou constrói para si, não se revivifica somente quando se impregna de algo a que chamamos cultura.
Regressando ao filme do Carnaval de 1974; o meu primo Valter em nome da direcção acordou com a Santa Casa da Misericórdia de Loulé para quem contribuíam os proventos e por isso responsável na época pela realização do Carnaval, mas que tinha desistido de o fazer, a organização e realização do Carnaval desse ano de 1974, através da Sociedade Recreativa( cujo nome correcto não me lembro).
Em contactos assíduos que o grupo de activistas de Loulé mantinha com os de Faro, foi o Valter que acercando-se de mim e do Zé Maria Oliveira convidou-nos a desenhar os carros alegóricos, e logo de imediato decidimos que deviam ter uma carga politica, ainda que escondida. De outra maneira não havia hipótese.
Na tertúlia de café o Zé Maria e eu, a uma mesa sentados na Gardy, pegamos em guardanapos de papel e aí esboçamos em desenhos uma série de ideias de critica de costumes e de denúncia.
Carros alegóricos como: a Casa algarvia "para vender", a telenovela radiofónica " Simplesmente Maria", a "Miss Beleza", o "Bacalhau" que não aparece nas imagens, a "Cegonha" agoniando com o fumo das chaminés, as "Pombas da Paz na Balança da Justiça", o "Corredor de bicicleta esfalfado" e o "Burro" que se esgota no trabalho com a matrícula MC.069 ( Marcelo Caetano, e liberdade na sexualidade) representam a possível intervenção critica. Esboçamos o cartaz e alguns dias depois entregamos ao Valter os guardanapos com os desenhos que juntamente com a equipa de Loulé deu de imediato início à construção, porque o tempo já não abundava.
O calculo da despesa foi de "mil contos", o que para a época era uma enormidade, mas o Valter nunca dasanimava; o Baile do Celeiro iria cobrir e fazer que desse lucro.
E assim foi.
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
terça-feira, fevereiro 17, 2009
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
domingo, fevereiro 15, 2009
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
terça-feira, fevereiro 10, 2009
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Anos 80


Um livro de Ernesto de Sousa com dedicatória comprado algures num alfarrabista


domingo, fevereiro 08, 2009
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Anos 00
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
domingo, fevereiro 01, 2009
Poesia
A mulher não esmorece perante
a literária lua.
Não levanta um medo para os flancos
da pouca noite.
A claridade, a claridade existe para além
dos escombros do filho que não está.
O corpo é uma praça iluminada
quando caminha com existência
visível.
A lua deita-se com esta mulher diária.
A mulher não adoece perante
a memória lúcida e cega.
Onde a areia branca?
a literária lua.
Não levanta um medo para os flancos
da pouca noite.
A claridade, a claridade existe para além
dos escombros do filho que não está.
O corpo é uma praça iluminada
quando caminha com existência
visível.
A lua deita-se com esta mulher diária.
A mulher não adoece perante
a memória lúcida e cega.
Onde a areia branca?

Lançamento do livro de poemas e desenhos de Rui Dias Simão na livraria Trama em Lisboa a 30.01.09
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