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domingo, dezembro 16, 2018
sexta-feira, março 27, 2009
Interpretação
Tabacaria
"excertos"
"excertos"
Poema de Álvaro de Campos interpretado por Vitor Correia acompanhado musicalmente por Stelmo Barbosa no espaço da Biblioteca Álvaro de Campos de Tavira, no dia 21 de Março.
domingo, fevereiro 22, 2009
Lançamento
Lançamento dos livros de Fernando Esteves Pinto Privado, e de Antonio Martínez Ferrer Efeitos Secundários em Lisboa na livraria Trama a 7 de Fevereiro de 2009. Apresentação feita por José Bivar e Vitor Vicente.
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Carnaval de Loulé 1974
Havia qualquer coisa no ar, sentia-se, sentíamos que a sombra já não podia voltar a ser sombra negra, talvez um sopro de audácia bastasse para levantar a cara em direcção a uma lufada de ar fresco; foi nesta disposição de animo que um grupo de ainda moços, tomou em mãos fazer o Carnaval daquele ano, aquele e o único.
Loulé e Faro uniam-se por essa época, numa esperança animada de actividade colectiva; em Loulé, a rapaziada tinha tomado a Direcção duma Associação Recreativa, e, em Faro já de azáfama em azáfama, enchíamos Cineclube, Círculo Cultural do Algarve e por tertúlias de cafés, Atlântico, Gardy, Aliança; também em casas particulares se tertuleava, ouvia-se Zéca Afonso etc..
Os que carregavam desesperos de lutas antigas, alguns já tinham estado presos, juntavam-se aos mais novos dando ao conjunto um murmúrio opinativo que sorrateiramente se transformava em acção política.
Caberia aqui interrogar-mo-nos, em que ordem cabe à cultura entrar no quotidiano? ou, se no quotidiano a vida que cada um leva, faz ou constrói para si, não se revivifica somente quando se impregna de algo a que chamamos cultura.
Regressando ao filme do Carnaval de 1974; o meu primo Valter em nome da direcção acordou com a Santa Casa da Misericórdia de Loulé para quem contribuíam os proventos e por isso responsável na época pela realização do Carnaval, mas que tinha desistido de o fazer, a organização e realização do Carnaval desse ano de 1974, através da Sociedade Recreativa( cujo nome correcto não me lembro).
Em contactos assíduos que o grupo de activistas de Loulé mantinha com os de Faro, foi o Valter que acercando-se de mim e do Zé Maria Oliveira convidou-nos a desenhar os carros alegóricos, e logo de imediato decidimos que deviam ter uma carga politica, ainda que escondida. De outra maneira não havia hipótese.
Na tertúlia de café o Zé Maria e eu, a uma mesa sentados na Gardy, pegamos em guardanapos de papel e aí esboçamos em desenhos uma série de ideias de critica de costumes e de denúncia.
Carros alegóricos como: a Casa algarvia "para vender", a telenovela radiofónica " Simplesmente Maria", a "Miss Beleza", o "Bacalhau" que não aparece nas imagens, a "Cegonha" agoniando com o fumo das chaminés, as "Pombas da Paz na Balança da Justiça", o "Corredor de bicicleta esfalfado" e o "Burro" que se esgota no trabalho com a matrícula MC.069 ( Marcelo Caetano, e liberdade na sexualidade) representam a possível intervenção critica. Esboçamos o cartaz e alguns dias depois entregamos ao Valter os guardanapos com os desenhos que juntamente com a equipa de Loulé deu de imediato início à construção, porque o tempo já não abundava.
O calculo da despesa foi de "mil contos", o que para a época era uma enormidade, mas o Valter nunca dasanimava; o Baile do Celeiro iria cobrir e fazer que desse lucro.
E assim foi.
Loulé e Faro uniam-se por essa época, numa esperança animada de actividade colectiva; em Loulé, a rapaziada tinha tomado a Direcção duma Associação Recreativa, e, em Faro já de azáfama em azáfama, enchíamos Cineclube, Círculo Cultural do Algarve e por tertúlias de cafés, Atlântico, Gardy, Aliança; também em casas particulares se tertuleava, ouvia-se Zéca Afonso etc..
Os que carregavam desesperos de lutas antigas, alguns já tinham estado presos, juntavam-se aos mais novos dando ao conjunto um murmúrio opinativo que sorrateiramente se transformava em acção política.
Caberia aqui interrogar-mo-nos, em que ordem cabe à cultura entrar no quotidiano? ou, se no quotidiano a vida que cada um leva, faz ou constrói para si, não se revivifica somente quando se impregna de algo a que chamamos cultura.
Regressando ao filme do Carnaval de 1974; o meu primo Valter em nome da direcção acordou com a Santa Casa da Misericórdia de Loulé para quem contribuíam os proventos e por isso responsável na época pela realização do Carnaval, mas que tinha desistido de o fazer, a organização e realização do Carnaval desse ano de 1974, através da Sociedade Recreativa( cujo nome correcto não me lembro).
Em contactos assíduos que o grupo de activistas de Loulé mantinha com os de Faro, foi o Valter que acercando-se de mim e do Zé Maria Oliveira convidou-nos a desenhar os carros alegóricos, e logo de imediato decidimos que deviam ter uma carga politica, ainda que escondida. De outra maneira não havia hipótese.
Na tertúlia de café o Zé Maria e eu, a uma mesa sentados na Gardy, pegamos em guardanapos de papel e aí esboçamos em desenhos uma série de ideias de critica de costumes e de denúncia.
Carros alegóricos como: a Casa algarvia "para vender", a telenovela radiofónica " Simplesmente Maria", a "Miss Beleza", o "Bacalhau" que não aparece nas imagens, a "Cegonha" agoniando com o fumo das chaminés, as "Pombas da Paz na Balança da Justiça", o "Corredor de bicicleta esfalfado" e o "Burro" que se esgota no trabalho com a matrícula MC.069 ( Marcelo Caetano, e liberdade na sexualidade) representam a possível intervenção critica. Esboçamos o cartaz e alguns dias depois entregamos ao Valter os guardanapos com os desenhos que juntamente com a equipa de Loulé deu de imediato início à construção, porque o tempo já não abundava.
O calculo da despesa foi de "mil contos", o que para a época era uma enormidade, mas o Valter nunca dasanimava; o Baile do Celeiro iria cobrir e fazer que desse lucro.
E assim foi.
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
domingo, dezembro 21, 2008
Não é preciso gritar
terça-feira, novembro 04, 2008
quinta-feira, julho 05, 2007
sábado, março 24, 2007
"O ATAQUE DA MÚSICA AO MUNDO"
PEQUENA HISTÓRIA
Decorria o ano lectivo em 1994, na disciplina de Educação Visual
a turma B do 7º ano era "gente crescida", estava "farta" de projectos
de (cartazes, desdobraveis etc). Então uma aluna levantou-se e disse:
-professor, e se nós fizessemos um filme?
-A escola tem uma máquina de filmar o meu irmão tem uma mesa de montagem vídeo em Lisboa, - disse para mim - mudar de
atitude, projectos, ir ao encontro dos interresses dos alunos, é sempre interessante .
Também já estou farto dos cartazes! Está bem.
E assim foi. Eles foram autores do tema, planearam as filmagens, arranjaram os adereços,
foram os actores e fizeram as filmagens.Isto na escola Paula Nogueira em Olhão.
Só em 2001, já na escola Poeta Bernardo de Passos,foi possível fazer uma montagem.
Bem hajam.
A ideia base era: O "Mundo" está doente, a morrer; a música dar-lhe-há nova VIDA.
Decorria o ano lectivo em 1994, na disciplina de Educação Visual
a turma B do 7º ano era "gente crescida", estava "farta" de projectos
de (cartazes, desdobraveis etc). Então uma aluna levantou-se e disse:
-professor, e se nós fizessemos um filme?
-A escola tem uma máquina de filmar o meu irmão tem uma mesa de montagem vídeo em Lisboa, - disse para mim - mudar de
atitude, projectos, ir ao encontro dos interresses dos alunos, é sempre interessante .
Também já estou farto dos cartazes! Está bem.
E assim foi. Eles foram autores do tema, planearam as filmagens, arranjaram os adereços,
foram os actores e fizeram as filmagens.Isto na escola Paula Nogueira em Olhão.
Só em 2001, já na escola Poeta Bernardo de Passos,foi possível fazer uma montagem.
Bem hajam.
A ideia base era: O "Mundo" está doente, a morrer; a música dar-lhe-há nova VIDA.
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