Refugiados I e II- Pinturas a guache e lápis de aguarela sobre papel
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enquadramento quadruplo - 4x (21x15) 2020
Chegados à encruzilhada de sombras, este ser esvaído
cruza o magnetismo dos pólos virtuais – encortiçados sermões da montanha
Anémico, com a utopia invernosa debaixo do braço, as
mãos presas aos calcanhares lambujando cerejas nos beiços da aflição – cerejas
sumptuosamente agridoces
Está enlatado nas placas da memória e deixou-se
adormecer em suaves assobios – os contornos da espuma das praias secas, os
óleos queimados da motricidade dos nervos – sopram nos umbigos os rebuçados da
solidão
Chegou à taberna da cruzada, vestiu um delicado
sorriso azul de satisfação mineral – despejou as saladas e mais objectos
sonoros contornando as dores das prestações
O Verão galgou as ribanceiras dos ossos com pés
descalços – alastrou e continua…arco íris que penetrou nas cavernas do universo
e das pedradas nos músculos – papoilas brumosas da saudade côncava … – lá vão,
pelos matizes afrodisíacos das fronteiras com os caroços da vida na mão