Desenho a tinta da china sobre papel (6/VIII) 42x30cm
Será um rosto ou uma paisagem onde os despojados olhos despistam os rumores da terra? – vejo os corgos na distância que anima os pesares da infância, solicitudes imemoriais dos tempos, zonas do silêncio dos arbustos aninhados às encostas, lugares dos bichos circulando de través aos atritos das circunstâncias, aves com alvoroço rondando sentimentais ninhos; os rostos circulam na paisagem abeirando-se dos seus desastres, ou das suas alegrias que por vezes circundam os nossos passos em diária circulação; as obras merecem os apreços dos peões que vão surgindo nas vertentes dos espaços abertos, chegam daqui e dali, ou partem para incomuns lugares do universo; – do universo? - as estrelas que habitam nas rugas dos nossas rostos desenham as via lácteas dos nossos celestiais corpos, sonegando ao império das dores os benefícios da morte prematura, aos seres vivos; os sulcos alvejando crispações aos olhares deixam o chão coberto de vertidas lágrimas, como cristais da sobrevivência; sulco o terreno pela mão do amor, nele liberto a verdade pungente do meu arbítrio; corro com mágoa atrás do verbo, e medito: – o pão que te alimenta cresce nos sonhos? as dores do parto e as convulsões das sementes abrem horizontes no alongamento dos dias, reverberando ânsias embora noturnas, alijam os detritos dos plásticos em combustão; as aparências moem os desejos espalhados nas maçãs envernizadas, nas roupagens ciumentas das modas, nas luzes dos palcos atormentados em viagens solenes, – ó cânticos das perturbadas lágrimas!