domingo, janeiro 15, 2017

os corredores habitados

 

desvanece-se o silêncio na imprecisa tarde
o canto escurecido na mente brilhante
rasgo do éter as amendoeiras em flor 
peso nos verdes ramos
azul diáfano

sobrevivência
o poema em cima da mesa
círculos autónomos do pão 
castiçais de dureza do vidro


desliza o dia sobre a nuca
outrora as sereias
ingrata memória