domingo, agosto 28, 2016

os corredores habitados



                      Economia da palavra Guerra


     Palavra       mais     palavra       mais       palavra         Guerra

         //             //            //              //        economia          //

         //             //           //            menos         //                //

         //            //       economia         //             //               //

        //        menos        //              mais       palavra           //

 Economia       //         palavra           //            //               //








quinta-feira, agosto 25, 2016

os corredores habitados




ao espelho desarticulados os ramos do teu querer estilhaços de vidros brilho de quimeras  dispersas nuances cavando emoções nas rondas do teu hospício de ti nos olhos vazios perguntas

olhas para o pensar coisa e onde como se no nada estarás e o meu braço com mão não pega não no garfo como se nada se isto e pensar mas pensar só que aflição o meu braço suspenso pensando sem pegar em ao espelho  

 abstracto ângulo da tua mente ao espelho dispersas imagens socalcos fluindo elas

ao espelho olhas-te fluente disperso aquele dia na queda da bicicleta coisa já ontem de hoje e tu ao espelho de aquele a este e aqui ao espelho quieto e vertical como se ontem já não hoje e tu o de ontem ainda aqui ao espelho

labaredas de olhos olhando sobre o espelho a terra perguntas como ainda as pedras e as árvores

de lá para cá olhas-te pensando onde tu aqui os grãos de areia pensas agua açúcar trovoada nada ainda mas amanha e tu aqui ao espelho de lá para cá cabeça tronco e membros pernas pés e mãos

sempre barba a crescer sempre sempre sempre ate que nada de sempre e o que `e isto sempre pensando vivo e depois    


terça-feira, agosto 02, 2016

os corredores habitados




Ao pulsar dos ânimos, os sinais deixam rastos; - multiplicavam-se desaforos: - um copo despejado na algibeira – “para levar para casa” – coscuvilhar entre o vozeiro saindo das filas do/as espectadoras/es, sentados/as nos bancos corridos, de pau, - mais elas, eles pendurados ao balcão, - por onde a realidade enervada passava de um olhar para outro; - planando sobre as cabeças dos transeuntes, horóscopos apontavam angústias futuras, as brancas fachadas zurziam chicotadas pelas frestas da noite, - os passos dados criavam vertigens em direcção às fontes da sedução – e os cânticos guerreiros abriam canais - ao encontro de todos os encontros; - questionemos os embaraços que se soltam dos emblemas da vida, os sinais da,

 -alegria mínima:

Ir a teu lado no alado canto
ouvir o teu silêncio no embebido vento
dar as mãos nos recitais dos silenciosos dedos
continuarmos separados nos passeios em redor das mãos

Ir a teu lado no alado canto ouvir o teu silêncio no embebido vento dar as mãos nas récitas dos silenciosos dedos e continuarmos separados nos passeios em redor das mãos


 no alado canto ouvir o teu silêncio no embebido vento ir a teu lado nos recitais dos silenciosos dedos dar as mãos nos passeios em redor das mãos  irmos separados


Cânticos em profusão como sentinelas dos sentidos saudando a já saudade dos desencontros; baixelas de porcelana ataviando os murmúrios dos peitos desfraldados – domingos pintados a cor-de-rosa nas fachadas de luz – os carrosséis brilhavam nas avenidas do sangue; digo, aqui pegado ao cadeirão em translúcida vocação de mastro e vela; - viajar na atmosfera das súplicas, dos espasmos e das entorses musculares, – o afago das primaveras cirandava os nervos, - a viagem cindida entre o virtual de agora e o ontem alucinado.