domingo, fevereiro 01, 2009

Poesia

A mulher não esmorece perante
a literária lua.
Não levanta um medo para os flancos
da pouca noite.
A claridade, a claridade existe para além
dos escombros do filho que não está.
O corpo é uma praça iluminada
quando caminha com existência
visível.
A lua deita-se com esta mulher diária.
A mulher não adoece perante
a memória lúcida e cega.
Onde a areia branca?



Extracto do texto de José Carlos Barros

Lançamento do livro de poemas e desenhos de Rui Dias Simão na livraria Trama em Lisboa a 30.01.09