sábado, fevereiro 21, 2009

Comentários

Como já li algures, quando as nórdicos, Noruega especialmente, aplica os rendimentos do petróleo em bem estar social, estamos perante uma boa governação, dizem e aclamam os demo,ocratas daqui, extasiados e algo invejosos dos altos níveis sociais desses países, uma democracia que redistribui concluem reverenciados; mas se algum governante tenta (depois de décadas e décadas de redistribuição do rendimento que pertence a todo o povo, o petróleo, não ter operado qualquer mudança significativa na justiça social) uma outra estratégia, logo vêm os ditos, e até muita esquerda, apelidá-los de demagogos e populistas. Os altos intelectuais parece que estão mais interessados nas prerrogativas democratas pouco transparentes (obtusas) e que se vêm revelando dramáticas para milhões de seres humanos do que em tentar perceber o que poderá haver de novo numa situação histórica concreta.
Para estes, a história chegou ao fim;temos as liberdades, ainda que em abstracto, (mas já dizia o juiz inglês, uma pessoa com fome não é livre!), o parlamento, ainda que cada vez menos representativo de alguma coisa, (participação social na política, nícles batatoides, como se diz por aqui), chegados ao fim da história, estão prontos para dar lições ao mundo inteiro; é “corrupto” é “ditador” é “demagogo” é “potencialmente um tirano, tentam adivinhar outros”, e ignomínia das ignomínias, cerceia as liberdades, apesar de observadores terem dito ao contrário.
A realidade é já uma desconstrução a histórica, um fetiche engravatado que se rodeia de buracos negros onde são engolidos em lixos tóxicos a mais valia criada pelo trabalho, e só por ele, na transformação do mundo para nosso serviço.
É sempre preciso criar “mais riqueza”, dizem os obtusos da economia acelerada;- mais riqueza, mais riqueza, mais riqueza, mais riqueza… pouca terra, pouca terra, pouca terra… digo eu.

-fiquei pensando, depois desse comentário que fiz que há em certos extractos da sociedade portuguesa uma inveja dupla e de dupla natureza, inveja-se a distribuição do rendimento na Noruega por todos e depois inveja-se que a distribuição do rendimento na Venezuela não seja para proveito somente de alguns.
Essa atitude rememorou-me,-” só conheço gente que nunca mentiu… só eu, tantas vezes falso, tantas vezes vil…cito de memória o poeta, só o sentido aqui deixo.

Hoje li mais um bocadinho do livro D.da A P. encontrei lá isto:” o rosto da globalização é a industrialização do pensamento e não a sua emancipação”
(comentário publicado no 5dias)