quarta-feira, maio 27, 2015

os corredores habitados



  O choro da terra não deita lágrimas


choro        lágrima desajeitada encostada à verde face
               
terra         sumptuosidade  apocalíptica  da floresta
                 abalo no âmago do braseiro
                 tentação circular em angustiada procura
                


deita         alegria da manhã
                 desmultiplicada em cascata

lágrimas    fósforos a arder no silêncio da terra
                 cascata de saudades sem soluções à-vista