Ao pulsar dos ânimos, os sinais
deixam rastos; - multiplicavam-se desaforos: - um copo
despejado na algibeira – “para levar para
casa” – coscuvilhar entre o vozeiro saindo das filas do/as espectadoras/es,
sentados/as nos bancos corridos, de pau, - mais elas, eles pendurados ao
balcão, - por onde a realidade enervada passava
de um olhar para outro; - planando sobre as cabeças dos transeuntes,
horóscopos apontavam angústias futuras, as brancas fachadas zurziam chicotadas
pelas frestas da noite, - os passos dados
criavam vertigens em direcção às fontes da sedução – e os cânticos
guerreiros abriam canais - ao encontro de
todos os encontros; - questionemos os embaraços que se soltam dos emblemas
da vida, os sinais da,
-alegria
mínima:
Ir
a teu lado no alado canto
ouvir
o teu silêncio no embebido vento
dar
as mãos nos recitais dos silenciosos dedos
continuarmos
separados
nos passeios em redor das mãos
Ir a teu lado no alado canto ouvir o teu silêncio no embebido vento dar as mãos nas récitas dos silenciosos dedos e
continuarmos separados nos passeios em
redor das mãos
no alado canto
ouvir o teu silêncio no embebido vento
ir a teu lado nos recitais dos
silenciosos dedos dar as mãos nos passeios
em redor das mãos irmos separados
Cânticos
em profusão como sentinelas dos sentidos saudando a já saudade dos
desencontros; baixelas de porcelana ataviando os murmúrios dos peitos
desfraldados – domingos pintados a cor-de-rosa
nas fachadas de luz – os carrosséis brilhavam nas avenidas do sangue; digo,
aqui pegado ao cadeirão em translúcida vocação de mastro e vela; - viajar na
atmosfera das súplicas, dos espasmos e das entorses musculares, – o afago das primaveras cirandava os nervos,
- a viagem cindida entre o virtual de agora e o ontem alucinado.