Relevos dos acontecimentos prostrados na memória como forças
renovadoras da emoção, textos duma
narrativa subterrânea à pele, soltam-se a miúdo dos corredores da
interioridade, projectando num tempo vivo contornos duma eloquência de signos e
significados, deixas cristalizadas nos membros
por uma certa volúpia encontros com dias tão longínquos cuja atmosfera se
realiza num cinzento baço pinturas de
neblina num horizonte esvaecido imagens apitando nos sentimentos como se estes,
adormecidos pelas cataratas da percepção volvessem da obscuridade para um campo
de chuva e relva a infância retribuindo em
avatares a emoção do presente com desnudadas membranas soletrando sob as asas das palavras a seda dos primórdios renasce para uns olhos galgando as atmosferas da paixão