quinta-feira, novembro 17, 2016

os corredores habitados



por baixo da emoção há um silêncio vão de um sentimento fluido que entristecido é cravo e rosa num jardim perdido - dor de um amigo ido -,  por baixo da emoção, a janela para o lado de lá, brame para cá mar solto, nervos flutuando num rio absorto, pétalas raiando teus olhos de oiro, calado de barco rasgando o mar do teu colo. baloiço na janela, enquanto ela se espraia no mar da Barca-Bela. por baixo da emoção há um silêncio de prata e na luzerna de cá passa em sombra do outro o livor de qualquer serenata. por cima da emoção perco-me e triste fico sentado no banco de um jardim de vento que em redor persiste.