Chegados à encruzilhada de sombras, este ser esvaído cruza o magnetismo dos pólos virtuais – encortiçados sermões da montanha
Anémico, com a utopia invernosa debaixo do braço, as mãos presas aos calcanhares lambujando cerejas nos beiços da aflição – cerejas sumptuosamente agridoces
Está enlatado nas placas da memória e deixou-se adormecer em suaves assobios – os contornos da espuma das praias secas, os óleos queimados da motricidade dos nervos – sopram nos umbigos os rebuçados da solidão
Chegou à taberna da cruzada, vestiu um delicado sorriso azul de satisfação mineral – despejou as saladas e mais objectos sonoros contornando as dores das prestações
O Verão galgou as ribanceiras dos ossos com pés descalços – alastrou e continua…arco íris que penetrou nas cavernas do universo e das pedradas nos músculos – papoilas brumosas da saudade côncava … – lá vão, pelos matizes afrodisíacos das fronteiras com os caroços da vida na mão