quarta-feira, fevereiro 11, 2015
os corredores habitados
só canto a matéria da alcunha ao real a palavra alertar-nos
e os espasmos da vida os cruzamentos da solidão
num ver sinónimo de estar olhar pousado sobre os braços
sentir de sombras curvas onde a vontade se despede
os longes fortuitos os sinais de cinzentas certezas
só canto a vida refrão expulsando-se do frio
e os seus mistérios a voar de asas ocas a tortura
espalhar-me-ei eixos suportando as tombolas
pelo caos aberto empréstimo da sensitiva evasão
pela graça de uma palavra currículo da pele
e no infinito me findarei a voz suspensa
só canto a vida refrão expulsando o frio
e seus mistérios a voar
o absoluto é um pão azedo cartaz de propaganda
degustado em infinito sal
viver é estar perto de algum segredo escuro diamante
onde habita sopro leal