segunda-feira, fevereiro 23, 2015
O algoritmo da palavra
XI
as folhas tremem
pequenas volúpias
da cidade sonora
estremece o tempo
na hirta árvore
matrizes de um correr escondido
os ramos
filigranam sobre o antigo tronco
as minhas mãos pegam
no bloco
escrevo-me, escrevendo
no ângulo superior ao tecido vegetal
- eu sou o da mão que risca, olhando-me
as árvores vestem-se das minhas palavras
(Que) soletro
o ângulo em que vejo
é um braço segurando, a,
ausência tua