terça-feira, abril 14, 2015

os corredores habitados



toda a avidez das ancas
se enaltece
quando vestes o esplendor
do andar

beijo-te 
os quadris
com efémera ternura
de encontros vários

sepulcro dos desejos da criação
sem anátemas de confessionário 


és o arlequim

nas vésperas
da minha morte


se mais palavras soubesse

mais cal
oferecia à tua boca

e tu 
se
te aprouver
rasga-me 
com o desejo teu
pelas noites em forma de ovo