segunda-feira, abril 20, 2015
os corredores habitados
lua íntima
desdobrado
na flor que cresce
amadurece o tempo
era ainda
a inércia projectada
o caule flutuante
procura incerta
num corpo vazio
lugar duma solidão
sem tecto
não havia madrugadas
sem dinheiro
para comprar arroz
numa floresta de sustos
a incerteza das horas
o apagar dos remorsos
nas almofadas dos destinos
tocam-se nas encruzilhadas
as vibrações soterradas
pelos andaimes da consternação
alcançam os desvios
das horas actuais
move-se o pólen
subtraindo o hoje
como bandeira
a quietude está exausta
como lua íntima
tudo flui
num continuo
desdém