sábado, agosto 26, 2017

os corredores habitados




Pois…
E a minha angústia não será mais que a cauda dum pavão
noite adentro
e um semicírculo de pesares
de dentro para fora do meu temor

Haverá chuva de incêndios
no inverno de qualquer amor
e a terra do círculo da minha incidência
rasurará os focos de luz

Num passo para a frente
cruzo-me com um regato de água
Nem mais direi de mim
que a aurora aberta é um verniz de silêncio
e a frouxa luz é um aterro para a fuga

Mas no deserto do imaginário
há mais que o pudor da morte
Pois…
Quando ando cancelo a pobreza