domingo, setembro 27, 2015

Anos 10




Quadro nº 23
Um homem na paisagem
Tela,madeira tinta a óleo
33x27 

 

Quadro nº 22
Um homem na paisagem
Tela,madeira tinta a óleo
24x39x15

terça-feira, setembro 22, 2015

O algoritmo da palavra


XVIII

Começar a escrever pelo lado do avesso – o lado mais puro do abandono -- um solilóquio de palavras soltas, inéditas --  e na sua voracidade de nada dizerem -- o outro lado onde a natureza mãe nos golpeia com os ácidos do obscuro

Palavras hibernadas e em contra luz

Manhã -- a manhã quente que devora os homens na superfície dos mares

Voz -- a voz que escreve nas ardósias o pulsar dos corações

Elástico -- o elástico matinal onde o luar se esconde

Claustros -- os claustros da garganta onde o som se torna eterno

Realidade -- a realidade descrita como uma pulga saltando do berço

Objecto -- aquele objecto que não existe  -  uma panela ao lume fervendo alguns            

                 diamantes evanescentes

Sombra -- a sombra envergonhada na algibeira do pensamento – palavras negras

                  inconstantes sem farmácias por perto

Sonora --  sonora manhã encostada à lavoura do trigo – homens com forquilhas

                 penteando os azedumes da vida



Começar a escrever pelo início da interrogação



-- onde está o alarido daqueles que nada dizem?

-- onde estão os gestos que escondem o sol?

-- onde está o caminho que andando não faço?

-- onde está a borboleta que deu a volta ao mundo?

-- onde está o veneno que rasgou a atmosfera?

-- onde está a sepultura onde nasceu o menino Jesus?



Escrever sabendo que os labirintos que nos escondem são besouros ardendo na enfermaria;

dizer,” bananas” e crescer água na boca é sinal de que as como?



Gostava de começar a escrever pelo lado do avesso onde a intriga do silêncio é desinquietação da claridade



sábado, setembro 19, 2015

Anos 10





Quadro nº7
Um homem na paisagem
Tela,madeira tinta a óleo
33x27 

segunda-feira, setembro 14, 2015

os corredores habitados



No outro lado do monte

No outro lado do monte
Do lado onde nasci
Tenho no pulsar do horizonte
Um pouco da ria que vi

Dos montes que a circundam
Subindo nas suas encostas 
Meus olhos o brilho inundam

Vestes das águas

cio de espuma, solicitude, visão ardente,
cântico duma visão sem fim, burilada,
exaltada juventude, peixe de raiva surda
Ria de humilde ser - entre mar e montes apresada



 


















sexta-feira, setembro 11, 2015

Anos 10






  Quadro 21
Painel/instalação

   Um homem na paisagem
                                    Tela madeira pintura a óleo

terça-feira, setembro 08, 2015

Anos 10





  Quadro 27
Painel/instalação
   Um homem na paisagem
                               Tela madeira pintura a óleo



quarta-feira, agosto 26, 2015

os corredores habitados




A flor no vácuo


O sol roça-me pelas costas do viver, - é tão agradável! – a usurpação dos medos onde a pele acaba e todo o éter começa – haverá saudade tão grande como as esporas que açoitam as glândulas dos ardores? – bem te digo, ò amor esclavagista, que as badaladas do dia ressoam obesas de vida, sangram noites ávidas de açúcar, ladram aos cometas de amanhã; bem te digo nesta crispação sem espaço que a velocidade que abarca as esferas treme enlaçada aos meus desejos e o ventre solene de tudo isto é a minúscula voz que esbraceja devagar.

Não há virgula no entendimento que me abrace perto ou longe de religiosas bênçãos, caverna de mistérios, sim senhor – os enfados sertanejos embebedam-me de vaidade mas as pulcras vozes rastejam solenemente. 

Habito o sol sem deslumbramentos, a minha mão adormeceu ao sabor das vitórias sem datas  avisa-me a Terra verde, e eu despido das vestes cruéis abraço a embriagues poética vendendo saudades ao desbarato – sou poeta tão grande que venho dos mares de sombra para a rudeza dos torrões agrícolas; - nem mar nem terra, apenas o enterro que me espera como a verdade abismada de me querer bem com o suor roçando as trevas.

Eu sei que dos teus olhos não se soltam clamores em fogo nem o abraço renascendo sem fim, -  marginais ao eterno, beijando no corrimão do tempo os ossos nossos, um outro beijo na manhã do crepúsculo derramado sobre a pele quente (acidentes de um coração precário) devolve ao minúsculo dia a gota necessária – a flor no vácuo. 



domingo, agosto 23, 2015

Anos 10





  Quadro 18
Painel/instalação
   Um homem na paisagem
                           Tela madeira pintura a óleo


segunda-feira, agosto 17, 2015

Anos 10






  Quadro 17
Painel/instalação
   Um homem na paisagem
                                      Tela desenho a óleo



sábado, julho 11, 2015

Anos 10





  Quadro 16
Painel/instalação
   Um homem na paisagem
                                        Tela,madeira e pintura a óleo
                                                       33x27

segunda-feira, julho 06, 2015

Anos 10







  Quadro 15
Painel/instalação
   Um homem na paisagem
     Tela,madeira e pintura a óleo
33x27

quinta-feira, julho 02, 2015

Anos 10



  Quadro 14
Painel/instalação
   Um homem na paisagem
     Tela,madeira e pintura a óleo
33x27