Do ano tão nu
que ora passa
raiando os olhos
os lenços da despedida
sobeja nas fontes
teu olhar de sarça (encastrado)
teu olhar - com graça -
de um lençol de mágoa
nas horas de toda a vida
- por outras horas
outro ano vem
tão longe a encontrar
nas dobras do que se tem
querendo alto outro festejar