sábado, janeiro 10, 2015

O algoritmo da palavra



Nada reverte o amor em palavras
As sombras  não são pudor
- Os nomes cristalizam nas margens
O corpo evola-se em ardor

Teu nome tão grato às manhãs
Teu invólucro  de nada presente
Teus passos de alguma serpente
Carpir do crepe da roca das lãs

O rio que por aqui passa
Nas margens das asas d´água
É rio em perpétua vasa
Sem nomes! – insólita mágoa

Não há nomes no vazio das avenças
Na bagagem crispada do sentir
- Nomes são as nossas crenças
No mundo sentido e a fluir