sexta-feira, janeiro 16, 2015

O algoritmo da palavra




a palavra
fruto dos sentidos
errante na voz murmurada
matizada nas vésperas do caminho

segue-me

saturada pela nitidez 
dos contornos
sinais abertos à imaginação


- não é aquele sopro
que se dilata 
nas veias -


halo rompendo o orgulho das pedras
ecrã onde despejo o olhar
é chão das minhas sandálias
o texto 
nas ondulações dos indícios 


é frio o coração do nada
mas é lá 
que escrevo
as palavras quentes
e sem vergonha