quinta-feira, fevereiro 25, 2016

os corredores habitados



O realismo da mente é uma capa  ou uma esponja absorvendo os mundos circundantes? -  interrogação esta que fica depois das baladas que acodem em catadupa. A alegria parece ser um pássaro pronto a partir, anda pelos ramos do dia, quando pousa no chão é para apanhar minhocas. Naquela sala onde confeitos de  gáudio espreitavam os sentidos  também se entronizava o saber; quando 8x9  era 81 soava um alarme de descrença, pairava no ar a esdrúxula enfermaria do erro, havia injecções de palmatórias sobrevoando as mentes – se pudesse pôr um emplastro à memória que redimisse os acontecimentos, naquela sala outra coisa não haveria senão felicidade.



A felicidade fustiga-nos pelas costas; - é uma frase que inventei  quando recostado olhava para a palavra, felicidade; -  foi num sussurro de acrobacia mental quando aquela se diluía numa almofada  onde é cuspida  como concha pelas ondas do mar num torvelinho de espuma dos sentidos. A felicidade dói-me quando a procuro,   injecta artifícios pela respiração, transforma-se num carnaval obsessivo, uma pulsão embriagada. Lembrei-me do D. Quixote!...ficarei por aqui?...