O
realismo da mente é uma capa ou uma
esponja absorvendo os mundos circundantes? -
interrogação esta que fica depois das baladas que acodem em catadupa. A
alegria parece ser um pássaro pronto a partir, anda pelos ramos do dia, quando
pousa no chão é para apanhar minhocas. Naquela sala onde confeitos de gáudio espreitavam os sentidos também se entronizava o saber; quando 8x9 era 81 soava um alarme de descrença, pairava
no ar a esdrúxula enfermaria do erro, havia injecções de palmatórias sobrevoando
as mentes – se pudesse pôr um emplastro à memória que redimisse os acontecimentos,
naquela sala outra coisa não haveria senão felicidade.
A felicidade fustiga-nos pelas
costas; - é uma frase que inventei quando recostado olhava para a palavra, felicidade; - foi num sussurro de acrobacia mental quando
aquela se diluía numa almofada onde é
cuspida como concha pelas ondas do mar
num torvelinho de espuma dos sentidos. A
felicidade dói-me quando a procuro, injecta artifícios pela respiração,
transforma-se num carnaval obsessivo, uma pulsão embriagada. Lembrei-me do D. Quixote!...ficarei
por aqui?...